sábado, 4 de agosto de 2007

TEORIAS

Descobri que eu tenho algo de teórica. Não sei se isso é uma profissão, se é uma habilidade ou o que é exatamente. O que eu sei é que cada vez eu descubro ter mais e mais teorias acerca dos assuntos mais variados. E mais: de ter cada vez mais certeza da veracidade delas. Será que isso é bom? Ter teorias eu até acho que é, mostra que o cérebro tá funcionando, ligando fatos, observando repetições, tendo idéias. Já a certeza absoluta me parece algo ruim. Afinal, ninguém tá sempre certo a respeito de tudo...
Diferenças e características entre homens e mulheres são meu foco central de teorias. São tantas a este respeito que eu nem lembro de todas, é preciso estar numa mesa de bar, em meio a alguma discussão sobre o assunto pra uma delas saltar da minha boca. E elas saltam, sem nenhum comando, com uma convicção espantosa. Tem muitas também sobre o futuro, profissões, filhos, esportes, celebridades, política, filmes. E convém voltar a ressaltar: todas com absoluta certeza, total convicção, e ai de quem não concorde, vai ter que me ouvir o resto da noite e fingir concordar se quiser mudar de assunto...
E porque será que na hora de transpor estas certezas todas para as nossas vidas é tão difícil? Porque sabemos exatamente como agiríamos em uma determinada situação, mas quando realmente acontece nos sentimos perdidos? Seria tão bom se o terreno da ação fosse tão certo como o das idéias...se a vida fosse tão óbvia quanto a teoria...se no plano real um mais um sempre fosse dois. Mas não é...na vida não tem essa de divisão exata, de estatística, de planejamento. Simplesmente não é assim que funciona e me falta uma teoria para explicar isso. Mas talvez seja aí que esteja a graça. É, realmente, a minha teoria é essa: é nas incertezas da vida e na imprevisibilidade do futuro que reside toda emoção de viver!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A manhã molhada

Pois é leitor, hoje bem cedo da manhã, por voltas das seis e meia, eu vinha dirigindo para o trabalho. No caminho me deparei, devido a chuva da madrugada que seguiu pela manhã, com inúmeras poças nas ruas.
Alguns motoristas diminuíam bastante a velocidade temerosos se iam conseguir passar ou se ficariam atolados. Outros, em compensação, aceleravam ainda mais pelo mesmo motivo. Sempre que se passa rápido por essas piscinas que se formam sobre o asfalto, respinga água para todos os lados e sempre tem um pedestre que recém desceu do ônibus na última parada ou outros que, com o seu guarda-chuva, vem saltitando as pequenas poças que estão na calçada. Encharcadas! As pobres pessoas ficam encharcadas, molhadas, humilhadas.
Uns já meio conformados com a sua condição baixam a cabeça e seguem seu caminho, outros, com o dedo em riste, largam xingamentos, insultos, palavrões. Depois eles desejam que os motoristas se atolem na próxima poça, se atolem na próxima lama cheia de esterco e logo adiante se atolem na vida!
Em dias de chuva esse caos é vivenciado freqüentemente e as pessoas que ainda tem um dia inteiro para encarar já estão estressadas, mal humoradas e molhadas. Sair para trabalhar em dia de chuva é o verdadeiro inferno devido às péssimas condições que a nossa Porto Alegre tem de suportá-las. É insuportável sair de casa em dia de chuva já prevendo o que se passará nas próximas horas. Faltam bueiros e outras formas de escoamento da água. Precisamos de uma reforma para que não no molhemos mais. Para que não nos humilhemos mais.

...pensamentos, teorias e devaneios...