terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Elas preferem os cafajestes

Na falta de inspiração, um texto do David Coimbra que reflete QUASE que a realidade...realidade indignante essa...

Elas preferem os cafajestes


A gaúcha aquela quer casar com o Maníaco do Parque. O cara está preso, condenado a 250 anos de cadeia e, pô, é o Maníaco do Parque, afinal de contas. Estuprou nove mulheres. Matou sete. E mesmo assim consegue namorada! Mais até: ela o chama de Chico.

— Eu sou a mulher do Chico — admitiu, orgulhosa, depois de ter pedido para fazer visita íntima ao Maníaco.

Visita íntima! Chico!

Claro, isso pode ser visto como uma boa notícia: se o Maníaco, que é o Maníaco, arranja mulher, imagina você, que é ajeitadinho e nem matou ninguém.

Mas não se trata disso. O fato é o seguinte: as mulheres preferem os cafajestes. E o Maníaco, puxa, existe grande probabilidade de ele ser encarado como cafajeste.

O cafajeste desperta na mulher dois instintos básicos: o maternal e o da concorrência com as outras mulheres. O maternal porque, para ela, o cafajeste é um moleque arteiro à espera da disciplina corretiva. O da concorrência porque o cafajeste, em tese, tem muitas mulheres. Logo, se uma delas o conquista, supera todas as outras.

Caso o homem não seja cafajeste, caso seja, digamos, um certinho, a mulher o olha com desprezo. Reclama:
— Ele está me sufocando!

Esse é o meu problema, confesso. As mulheres se aproximam de mim achando que sou cafajeste. Depois que passam um tempo comigo, percebem que não, que sou um sujeito decente, que lhes dou atenção, que repudio a traição. Então se decepcionam. Tento parecer cafajeste sempre, mas a correção, a dignidade, até mesmo a pureza que estão impregnadas em minh'alma, isso tudo é mais forte, acaba se manifestando. As mulheres, então, balançam a cabeça:

— Tsc tsc, e eu que achei que ele fosse canalha de verdade.

Triste.

Mas assim é o mundo, aprenda: se você quer de fato conquistar uma mulher, asfixie a integridade que existe em você. Por mais difícil e repugnante que pareça, disfarce: tente parecer um canalha. É duro, sei, mas vale a pena. Talvez você um dia chegue a ser tão atraente para elas quanto o Maníaco do Parque.

David Coimbra

*Texto publicado em 28/11/2003 em Zero Hora

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dicas

Porto Alegre tá fervendo no verão, e não é do calor que eu tô falando, tá fervendo culturalmente!

Uma das coisas mais legais é a programação de verão no Santander Cultural. Rola filmes brasileiros, debates e pocket show, tudo isso a um precinho muito bacana, mais ou menos R$ 8,00. Dá pra conferir a programação em: www.santandercultural.com.br/programacao/reflexao.asp. Vale a pena!

O cinema também tá bombando de filmes bons. Tem O Suspeito, com a Reese Whiterspoon, mais um da safra sobre fatos consequentes do 11 de setembro.Coisas que perdemos pelo caminho, com a Halle Berry e Desejo e reparação, baseado no livro Reparação, do atual super lido Ian Mcewan, com a atual queridinha Keira Kinightley. Eu li o livro e acho que vale a pena. Tem também Meu nome não é Johnny, um dos que eu mais quero ver por, primeiro, ser brasileiro -adoro filmes brasileiros - segundo, ter o Selton Mello, um dos maiores atores brasileiros atualmente e terceiro, por ser uma história real, coisa que sempre cai bem em um filme, a gente fica divagando sobre como as coisas realmente aconteceram com determinada pessoa. Tem Conduta de risco, que me parece ser bem americanóide, mas mesmo assim bom - e convenhamos que qualquer filme com George Clooney tem que valer a pena -. Tem alguns franceses bons também, como Piaf e Um lugar na platéia, mas como eles estão só no Aero Guion, as chances de eu ter que esperar pra ver em DVD são altas. Dos que eu já vi e recomendo muitíssimo: O amor nos tempos do cólera e Ps Eu te amo . Emocionantes.

Ainda tem os lançamentos em dvd, muitos títulos interessantes. Dos que eu vi ultimamente gostei muito de dois: Não por acaso, brasileiro com o Rodrigo Santoro - que na minha opinião está cada vez melhor como ator - e Reine sobre mim, com o Adam Sendler fazendo drama - e muito bem, por sinal!

Ainda tem o tradicional Tangos e tragédias no Teatro São Pedro, que já virou uma parte ecrta do verão na capital e o Porto Verão Alegre, festival de teatro que reúne inúmeras peças a preços super acessíveis (http://www.portoveraoalegre.com.br/).

Assim quase não dá pra reclamar de não poder ir pra praia.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

tópicos

- Tô começando a achar que esse negócio de virada de ano funciona mesmo: ano novo, pique novo. Ninguém segura!

- Serve pra mim e serve pro Colorado, não tem pra ninguém esse ano hein: Inter campeão brasileiro 2008. Podem anotar.

- Porque raios o meu salário tá acabando cada vez mais cedo???

- Nunca imaginei que Porto Alegre no verão fosse tão bom... não sei se é excesso de otimismo da minha parte, mas tô achando uma belê. Fora os dias de calor insuportável, tá tudo melhor: as ruas mais vazias, menos engarrafamento, mas sem estar deserta total, com bastante gente pra se ver por aí... E tudo isso sabendo que daqui a praticamente vinte dias estarei no Nordeste!!!

- Coisa esquisita essas fases em que as mudanças são hiper visíveis. Acabou a época de se mudar para a praia por dois meses, pra mim e pra quase todos que me cercam. O tempo passa, putz...

- E o lema: "Se a fiel fala ele é meu...".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Single

Para não deixar de postar, aí vai um texto dos confins de 2007, ano passado já, que eu achei perdido no meu computador:

Em um momento de terapia meu comigo mesma (sim, cada vez mais eu sou minha própria terapeuta), eu comecei a me dar conta que essa minha mania de analisar a tudo e a todos foi se tornando mais freqüente recentemente. E a mania de me auto-analisar, então, aumentou nitidamente no ano que passou...parei para pensar o porquê, pois como toda analisadora bem sabe, tudo deve ter uma razão. E não é que cheguei a uma resposta? Fim de relacionamento. Solteirice. Just me and my self.
Desenvolvendo um pouco essa idéia, fui notando que quando a gente está com alguém, pensa o tempo todo na pessoa, no que fazer juntos, nos problemas e vantagens da relação, fantasia possibilidades, planeja o futuro juntos... Além disso, não tem nem muito tempo pra pensar no que quer que seja, pois quase todo o tempo do dia é passado na companhia de alguém: durante o dia se trabalha e se estuda (estando, assim, acompanhada dos colegas) e o tempo livre é reservado ao respectivo. Sobra muito pouco tempo então para ficarmos na nossa própria companhia, pouco tempo pra pensar em coisas não-urgentes, não-importantes, simplesmente ficar divagando. Sempre fui da opinião de que nada melhor do que uma boa discussão, aquelas tipo “conversa de bar” pra angariar argumentos e formatar idéias. Mas estou cada vez mais convencida que é no tempo sozinha que a gente junta essas idéias, seleciona as que nos parecem mais convincentes e forma novas para as próximas discussões...
Enfim, cá estou eu divagando de novo...

...pensamentos, teorias e devaneios...