segunda-feira, 17 de março de 2008

LUTO

É estraho como a vida às vezes parece ser uma grande brincadeira. A impressão que dá é a da já batida frase "vivendo e aprendendo": que inevitavelmente coisas erradas serão feitas por nós, mas que sempre dá para dar um jeito, arrumar o que fazemos de errado, ou até mesmo se adaptar a novas situações...até que acontece algo que nos traz à tona, um soco no estômago, um evento que nos mostra que certas escolhas ou atitudes são permanentes mesmo, não tem jeito.

Essa semana morreu uma amiga minha. Na verdade não era amiga, era conhecida, daquelas pessoas que a gente sempre vai dar "oi" mas nunca vai contar detalhes da vida, até por não existir uma intimidade na relação para isso. De qualquer forma, era alguém da minha idade, que eu vi crescer e que, por ser do mesmo círculo, acabei por acompanhar, mesmo que de longe, vários momentos da vida. E se, para mim, que estava a uma certa distância, o baque foi grande, imagino para as amigas que estavam junto todo dia, compartilhando alegrias, histórias, confissões e tudo aquilo que uma boa amizade nos proporciona. A tentativa de imaginar o tamanho da perda que elas tiveram me deixou sem chão.

O estranho é que além da tristeza pela morte em si, de uma pessoa tão jovem, querida e com certeza cheia de planos para o futuro, vem uma sensação de "meu deus, essas coisas realmente acontecem!". Aí é que a gente se dá conta que a vida não é brincadeira não, ou que uma hora esse grande jogo acaba. Foi com ela, mas podia ter sido comigo, com as minhas amigas, com qualquer pessoa que faz parte da minha vida. A gente vai vivendo dia a dia como se tudo fosse ser eterno, como se sempre fossem haver oportunidades para fazer, mudar, descobrir. Como se todos que nos cercam fossem eternos. Não são. Nada nem ninguém é.

Às amigas da Gabi, muitas delas minhas amigas também, eu desejo toda força do mundo para superar essa que deve ser a maior das dores. E a todos os outros eu desejo que essa percepção do quão tênue é a distância entre estar aqui agora e não estar mais se mantenha presente. Não para trazer medo demais, ou cuidados exagerados, mas para permitir viver com mais intensidade, cultivar só coisas boas e não perder tempo com bobagens, para amar todos que nos cercam e dizer sempre isso a eles, para nunca ir dormir de mal com alguém que se gosta muito, porque nunca sabemos quando será a última vez que o veremos. Parece conselho de livro de auto-ajuda, eu sei, e eu sou a primeira a esculhambar com esse tipo de literatura... mas como eu estou com isso engasgado na garganta desde sexta e já que a principal função desse blog é botar para fora sentimentos e organizar pensamentos, sentei e escrevi.

Se servir para alguém, fico feliz. Se não, já fez muito bem para mim.

Gabi, fica com Deus.

À todos que a amavam, força, fé e a consciência de que ela está bem, onde quer que esteja.





"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque se você para para pensar, na verdade não há".
(Renato Russo)

sábado, 8 de março de 2008


Everytime I see you falling

Everytime I think of you,
I get shocked right through into a bolt of blue,
It's no problem of mine but it's a problem I find,
Living a life that I can't leave behind.

There's no sense in telling me.
The wisdom of the fool won't set you free,
But that's the way that it goes and it's what nobody knows,
And everyday my confusion grows.

Everytime I see you falling,
I get down on my knees and pray,
I'm waiting for that final moment,
You say the words that I can't say.

I feel fine and I feel good,
I feel like I never should,
Whenever I get this way I just don't know what to say,
Why can't we be ourselves like we were yesterday.

I'm not sure what this could mean,
I don't think sure what you see,
I do admit to myself that if I hurt someone else,
Then I'll never see just what we're meant to be.

Jewel

...pensamentos, teorias e devaneios...