domingo, 27 de junho de 2010

.novela.




- Eu acho que se a vida fosse feita de várias pequenas novelas, este fim de semana poderia ter sido o último capítulo de uma delas. Várias histórias a minha volta se fecharam, rolou uma espécie de "grande desfecho". Teve "felizes para sempre", fins difíceis, retomadas, mudanças. Teve até aquela coisa meio filme cult, um ponto de interrogação em relação a certos personagens. Só faltou o elenco todo reunido no final (se bem que catando bem até isso teve!). É até legal pensar dessa forma, porque se assim for, agora começa uma nova novela, momento de recomeçar a escrever, fazer uma história nova dentro do nosso grande livro. Uma espécie de objetivos de ano novo na hora errada. Momento "vá atrás do seu final feliz". Eu? Fui.

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- Disse Ms. Lispector, meu mais novo vício literário, em uma de suas cartas:

"É que eu não sou senão um estado potencial, sentindo que há em mim água fresca, mas sem descobrir onde é a sua fonte".

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- E disse Woody Allen, meu mais constante vício cinematográfico:

"Tive carta branca durante 35 anos e nunca fiz um grande filme. Não está em mim fazer um grande filme; não tenho visão em profundidade para fazer isso. Não digo para mim mesmo: vou fazer um grande filme e vou ser intransigente. Se for preciso, trabalho noites a fio e vou ao extremo da Terra. Esse simplesmente não sou eu. Eu gostaria e fazer um grande filme, desde que isso não atrapalhe a minha reserva para o jantar".

E completa:

"Não quero trabalhar até altas horas. Quero voltar para casa a tempo de jantar, tomar a minha clarineta, ver o jogo, ver os meus filhos. Então, nessas circunstâncias, faço o melhor filme que posso. Às vezes, tenho sorte e o filme sai bom. Às vezes, não tenho sorte e não sai bom. Mas com certeza fui, não irresponsável, mas preguiçoso".

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- Engraçado como não é por acaso que a gente gosta de determinados autores e diretores, como para isso impera a existência de identificação, nem que seja subentendida, nas suas obras.

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Dito isso, já tenho material suficiente para repensar meu "personagem" para essa novela que se inicia.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quando o sexo decepciona... e a cidade também.

Então. Após um período longe, resolvi reencontrá-las. Eu já estava com saudade, é impressionante como a gente se apega e morre de curiosidade de como andam as vidas daqueles com quem convivemos durante, o quê, 6 temporadas? Pois é, lá fui eu: Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha já estavam me fazendo falta e eu estava louca para conferir Sex and the city 2. Depois do primeiro filme, que muito me agradou, mais dilemas femininos e muita moda para analisar me esperavam, que alegria! Pois é, mal sabia eu que só o que me esperava era essa última, a alegria. Ou uma tentativa de.

Não gostei. Mesmo. Para mim o filme "traiu" toda a proposta do seriado e do primeiro filme e se tornou uma comédia patética, pastelão e previsível (do ponto de vista de Hollywood, não do seriado). Não que eu não tenha dado risadas, nem que eu não tenha sáido feliz do cinema, claro que sim. Eu sou realmente apegada a certos seriados e só o fato de poder conferir novas histórias envolvendo seus personagens já me alegra. Mas não pude deixar de notar o desconforto que me perseguiu durante toda a exibição.

O seriado. Por mais que falasse muito de marcas, roupas e, claro, sapatos (!!!) ele sabia juntar a isso questões realmente existenciais do ponto de vista feminino, questões com as quais toda mulher se identifica. O que as roupas tinham de fantasia e sonho, o resto tinha de realidade, sem um pinguinho de hipocrisia: para começar a protagonista fumava, no auge do movimento anti-fumo e do politicamente correto. Responda rápido: qual mocinha atual tu viu fumando em um filme, seriado ou novela? O cigarro hoje é delegado, em filmes e novelas, no máááximo para o traficante, o bandido e olhe lá. No seriado não, a Carrie chegou a sair correndo de um encontro para fumar o seu cigarrinho. Não que seja certo fumar, mas as pessoas fazem. Fora isso, ela ainda traía o namorado perfeito que amava ela com o caso sem futuro que fazia ela de idiota. Também não conseguiu aceitar o pedido de casamento do tal namorado perfeito, simplesmente porque não era para ela. Não é racional, não é explicável: é real. Do mesmo modo funcionava com as outras personagens, às vezes um pouco mais caricaturizadas, mas ainda assim representantes da questão feminina em geral: aquela que a prioridade da vida é ser uma profissional realizada, pensa duas vezes quando descobre que está grávida e sofre com o dilema de toda mulher moderna: distribuir o tempo entre trabalho e filhos. A romântica, que sonha com o casamento e faz disso a sua prioridade e que choca as amigas ao abandonar o trabalho de sucesso para "cuidar da casa" e, ainda, aquela em que o sexo é prioridade, a caça é o objetivo. Na verdade toda mulher é uma mistura dessas quatro. Tem episódios em que elas fumam maconha, em que elas dizem ter feito aborto, em que elas admitem não usar camisinha sempre, em que a amiga fica triste ao saber que a outra vai casar e por aí vai. Não há mitificação, é a vida ali, decorada com puro luxo - esse sim distante da maioria dos mortais!

O primeiro filme seguiu a coerência do seriado: mostrou a dificuldade da workaholic em manter o casamento com o trabalho, os problemas de uma pessoa que sempre se cuidou e se colocou em primeiro lugar em manter um relacionamento em que cuida mais do parceiro do que de si, as dificuldades daquela que sempre gostou de muito sexo com muitos homens de se adaptar a sociedade, abandonar seus instintos e aderir a monogamia e até a preocupação daquela em que tudo está fluindo muito bem na vida de que vá acontecer algo errado a qualquer momento. É um roteiro bem amarrado, que emociona, que conta algo.

Já o segundo filme se tornou justamente aquilo que todos aqueles que não assitiam o seriado imputavam a ele: ser pura futilidade. Não tem roteiro, não tem história, parece que foi feito para ser um grande desfile de moda (moda esta que inclusive também já está passando do ponto. Calma, Patricia Fields!) e das paisagens do Oriente Médio. Oriente este altamente estigmatizado no filme por sinal. Os personagens perderam todo o perfil original: a Miranda deixou de trabalhar para cuidar da família, a Samantha deixou de ser confiante no seu corpo e no seu "apetite sexual" para se tornar dependente de hormônios e até o Aidan, que sempre guardou um certo ressentimento pela Carrie e era todo politicamente correto, estava todo saidinho, correndo atrás dela mesmo estando casado e com tês filhos. A única personagem que salva o filme é a Charlotte e seu dilema de mãe de dois filhos pequenos, que por amá-los tanto tem vergonha de admitir que tem momentos que acha que vai enlouquecer, que precisa ficar longe deles de vez em quando. Sensacional a cena em que admite que, ao ser alertada de que o marido podia ter atração pela babá bonitona, o seu primeiro pensamento foi: "oh God, I cant lose the nanny!". Bela sacada, mas praticamente a única.

No fim, ficou parecendo para mim que o filme se vendeu, se é que é possível que um seriado símbolo do capitalismo atual ainda tenha algo a vender. De um seriado que falava das questões femininas com apenas uma pitada de humor, se tornou praticamente uma pornochanchada brasileira dos anos 70, uma comédia sem reflexão. Agora o próximo filme de seriado que eu aguardo ansiosamente é o do Friends, os personagens por quem eu tenho mais apego, e espero mesmo que ele não me decepcione assim! Duas punhaladas vindas do meu dvd é demais para mim!

Obs: vi o filme no sábado e estava elaborando o que eu ia escrever sobre ele por aqui quando me deparo com essa crítica na ZH de domingo, de uma jornalista do The Guardian, falando EXATAMENTE o que eu achava, só que muito mais bem escrito. Se tiver curiosidade, dá um conferes: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2941009.xml&template=3898.dwt&edition=14918§ion=1026

sexta-feira, 4 de junho de 2010

How about love?



Dia dos namorados chegando, solteirice pegando e nem um vislumbre de melancolia de minha parte no horizonte. Isso até me dá medo. As solteiras de plantão à minha volta já vem sofrendo antecipadamente há mais de mês, jogando pragas e fazendo simpatias. Para cada murmurro de insatisfação delas, sai uma cortada de reprovação minha, seguida pela tréplica delas de que eu não conto, que eu sou uma "solteira convicta", uma "solteira bem resolvida". Hein? Será que elas tem razão?

Vejo um monte de relacionamentos na minha volta e é impossível, para a minha cabeça eternamente funcionante, não analisar. Acho que é isso que me (des)encanta nesse negócio todo: meu Deus, co-mo é di-fí-cil! Não tem receita, depende de sorte e a experiência conta muito pouco. Aaai, medo de novo!

Vejo aqueles "casais forever" se desfazendo e outros, em que o fim era iminente há pouco tempo atrás, flutuando em um mar de rosas. Vejo casamentos perfeitos acabarem, vejo péssimos casamentos continuarem e um mais do que óbvio vice-versa. Vejo namoros-paixão, namoros-parceria, namoros-conveniência. Uns começando, outros acabando, vários se mantendo. Cada um com a sua receita, que (#ficadica) possivelmente não adiantará ser seguida pelos outros.

Nessa função, eu não consigo definir direito a minha posição, mas acho que eu chegaria perto de algo como uma otimista/racional. Explico: não acredito em uma só alma-gêmea, acho que existem muitos "encaixes" para cada um. Sei e tenho sempre em mente que casos, namoros e casamentos acabam SIM, é quase que inevitável. Podem até me citar os casamentos de uma vida inteira para desbancar a minha teoria, mas não funciona: pergunta se o casamento do início é o mesmo relacionamento das bodas de papel e se esse é o mesmo das bodas de ouro? Mais do que provavelmente não. Cada casamento acaba, ainda que continue o mesmo (compliquei, eu sei).

O que acontece - E É IMPORTANTE TER EM MENTE - é que isso não quer dizer que eles não deram certo. E mais: que não virão outros. Sempre virão outros. E só mais um pouco: se acabam, é para melhor. Pode demorar uns dias, dois meses, três anos de fossa. Mas quando a fossa passa, a vida muda sempre para melhor. Pelo menos é o que eu tenho visto por aí e, podem acreditar, minhas opiniões sempre tem fundo empírico.

Então a questão para mim não é entre ser solteira convicta ou rezar para Santo Antônio todo dia para arrumar um marido. A diferença para mim está entre racionalidade x emotividade, otimismo x pessimismo. As atitudes das pessoas quanto a relacionamentos deviam ser classificadas em 4 categorias: racionais-otimistas, racionais-pessimistas, emotivos-otimistas e emotivos-pessimistas. Me parece que a grande maioria das pessoas (grande maioria das mulheres para ser mais exata) são emotivo-pessimistas, completo oposto do que eu acredito.

Racional-otimismo: deve-se ser racional o suficiente para saber que as coisas podem e possivelmente darão errado uma hora ou outra, mas não tanto a ponto de parar de acreditar que vão acontecer de qualquer forma. Porque - e aí entra o otimismo - elas vão. E até podem acabar depois, mas daí outras acontecerão novamente. E assim vai a vida, nessa ciclicidade de que eu tanto falo. Dá para entender? É tipo "se acabou, acontece, mas virão outros". Típico conselho furado de amiga em fim de namoro, mas para mim impressionantemente real. Sim, amiga, SEMPRE virão outros!

Então, para que se desesperar se as coisas sempre tem seu tempo? Deve-se saber respeitar o tempo. Elas VÃO acontecer, e depois disso possivelmente acabar, e depois da fossa tudo vai melhorar e recomeçar novamente e assim por diante. Mesmo que uma pessoa viva a vida toda em apenas um casamento é assim que as coisas vão se passar. Só que, nesse caso, todas essas fases com uma só pessoa.

O que eu acho engraçado é que geralmente o maior medo das pessoas é "não ter alguém", "não estar namorando" ou "não casar" ao invés de ser "não encontrar alguém de quem eu realmente goste", "não achar alguém com quem eu realmente me divirta" ou "não achar alguém que me faz realmente feliz". O antes só do que mal acompanhada funciona para poucas - acho que só para as racionais/otimistas mesmo.

Então assim: eu tenho SIM medo de não achar alguém com quem eu realmente me sinta bem. Mas por outro lado ACREDITO que vou, uam hora ou outra. Já achei algumas vezes, oras, vai acontecer de novo. Eu respeito o tempo e, enquanto esse encontro não chega, eu vou me divertindo como posso... (ôôô se vou!).

Ps: e depois dessa palestra toda, vem o Carpinejar e me desbanca - ver figura lá de cima.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Astrologicamente falando...

A semana que passou foi agitada, conturbada e acabou com um assunto dominante na pauta entre amigas: inferno astral. Com duas geminianas prestes a fazer aniversário vivendo um período, digamos assim, não tão sortudo, fica a questão: existe mesmo esse tal de inferno astral? Pois bem, fui catar. E não é que bate? Diz a Roberta Tórtora, de um conhecido site de astrologia, sobre o assunto:

"O período conhecido popularmente como "Inferno Astral" é o mês que antecede o aniversário de alguém. Nesta época, muitas pessoas acreditam viver momentos de angústia, depressão ou até mesmo azar, atribuindo as turbulências a alguma configuração astrológica misteriosa. Será que ela realmente existe e é mesmo inevitável?

Existem algumas explicações para entender estes trinta dias temidos antes da inauguração de uma nova idade. O aniversário nada mais é do que o marco de um novo ciclo solar na vida de uma pessoa, ou seja, o Sol passa pelo mesmo ponto do Zodíaco que estava quando ela nasceu, sinalizando uma nova etapa para a sua consciência. Os dias que antecedem esta renovação são exatamente os últimos do ciclo anterior que a consciência vinha atravessando.

Cid de Oliveira lembra que os ciclos representam na Astrologia os estágios de todo e qualquer processo de desenvolvimento e que "o final de um ciclo" se caracteriza por ter uma qualidade de tempo marcada pela agitação, mudança, instabilidade e desordem, somadas à insegurança em relação ao futuro que está por vir. "Isto acontece porque é no final do ciclo que se esgotam as possibilidades de expressão existentes no seu início e manifestam-se os resíduos responsáveis por sua dissolução. Em suma, o tempo que antecede imediatamente o final de qualquer ciclo caracteriza-se pela desordem e pela inversão dos valores admitidos no seu início", explica.

Pela técnica da revolução solar, cada mês do ano, a contar a partir da data do aniversário, corresponde a uma determinada casa astrológica ou setor prático da vida de uma pessoa que estará sendo vivido mais intensamente. Assim, no primeiro mês a partir do aniversário, vive-se de forma enfática a casa 1: a pessoa fica mais centrada em si mesma e em seu comportamento. O décimo segundo e último mês do ano corresponde à casa 12, trecho do mapa que analisa os sacrifícios e doações que uma pessoa deve fazer aos outros, sem esperar recompensas para isto".


Cada vez eu acredito mais em astrologia. Analisando os anos passados eu percebo que já não é de hoje que maio é sempre um mês meio conturbado para mim, sempre a pior fase do ano, meio angustiante e de MUITA ansiedade. O bom de perceber isso é que já dá para se acalmar um pouco por saber de antemão que logo logo vai passar. Afinal, junho está aí. Que venha!!!

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E seguindo nessa função signos, aniversário e auto-conhecimento, fiz um mapinha astral online e não é que muita coisa bate?

"Cansam-se facilmente de um assunto e passam para outro assim que dominam o primeiro".

"Sua mente é engenhosa, hábil, com facilidade de compreensão e assimilação. Têm facilidade de se adaptar às mudanças na vida, gostando de experiências sempre novas e renovadas".

"Gostam de argumentar e seu raciocínio lógico lhes dá sempre razão".

"Às vezes ele tem necessidade de mais de um relacionamento, e para não ser acusado de inconstância, deve falar francamente com o parceiro, já que nem todos os relacionamentos são necessariamente "sexuais". Outro ponto importante é o relacionamento intelectual com o parceiro, já que ele precisa de um estímulo constante de interesse".

"A moda está sempre em dia na casa dos geminianos, pois nada é permanente, a não ser as constantes mudanças!".

"Precisam também de um lugar para seus livros e revistas, com os quais se alimentam diariamente".

"A curiosidade e o desejo de aprender podem manter você em constante mobilidade e fazê-lo viajar muito e mudar constantemente de casa ou de emprego. Você pode ser frio em relação aos sentimentos e emoções que serão analisados e vivenciados de forma racional".

"Você pode sofrer de indecisões e dificuldade de concentração. Você precisa aprender a ser mais constante e profundo em seus objetivos".

"Por temperamento você é pessoa ativa, curiosa, esperta, engraçada, mas irresoluta. Prefere racionalizar suas emoções do que deixar envolver-se emocionalmente, mas adora comunicar-se com os outros. Gosta de mudar e de viajar".

"Você aprende melhor intuitivamente já que tem percepção psíquica e intuitiva".

"Sua atividade é tenaz, mas flutua muito de intensidade devido a oscilação de seus estados emocionais. Você gosta muito da segurança proporcionada pelo dinheiro, mas não de ter que competir. Sente-se impelido a proteger as pessoas que gosta".

"A liberdade de expressão em qualquer campo é extremamente importante. É compassivo, otimista e liberal, tem senso de humor e gosta de viajar".

"Você sente grande necessidade da beleza e harmonia no meio-ambiente, nas pessoas e nos objetos, porque sua sensibilidade é aguda e impetuosa. Poristo, você é pessoa romântica, algo indolente e tende a precipitar-se nos amores".

"Como prefere viver à vontade, não se preocupa muito com as convenções. Seu otimismo e forte intuição permitem que aproveite as boas oportunidades".

"Você luta pela liberdade e independência com muita vontade".

"Também prefere a liberdade de expressão e a sociedade democrática e aberta".

...pensamentos, teorias e devaneios...