terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

The sartorialist

Muito melhor do que qualquer editorial da Vogue, quando se trata de observar modelitos, tendências e combinações, são os sites de street style.
Ver o que as pessoas conseguem trazer dos editoriais para as ruas e das passarelas para a realidade acaba sendo muito mais prazeroso do que ficar interpretando a idéia de um estilista. Talvez porque ultrapassa a condição de simples conceito e se torna algo palpável. Posso ficar horas e horas na frente do computador olhando o monte de sites deste tipo que atolam a minha lista de favoritos e saio coma cabeça borbulhando de idéias.

De todos eles, entretanto, um é top. Não sou eu quem diz, é unanimidade mesmo. Scott Schumann, do site The sartorialist (http://thesartorialist.blogspot.com/) é o cara. Considerado o precursor deste tipo de enfoque, deixando de lado as celebs e os tapetes vermelhos e captando pessoas comuns (mas EXTREMAMENTE estilosas), ele inverteu a roda fashion e acabou se tornando referência para estilistas, revistas especializadas e amantes de moda em geral. Como? Fica mais fácil entender ao ver o vídeo "Intel Visual Life", uma produção da Intel que mostra um pouco da rotina do cara.

O que o filme me passa é que ele não vê moda como algo estático, não tenta observar se a pessoa está usando a última tendência, por exemplo: ele reaje instintivamente às imagens. Isso sim, para mim, é pensar moda: uma simples reação a algo que te provoca. Daí a dificuldade que as pessoas tem de ter estilo e até mesmo "perceber" estilo. Isso dificilmente se conquista, requer uma certa sensibilidade inata. O que se vê é que o "sartorialist", sem intentar, utilizando apenas da sua percepção e talento natos seleciona só o que o toca e com isso acaba fotografando tendências ou transformando as suas fotos em. Inncrível, não? Eu acho.

O início do filme, para mim, resume a filosofia de Schumann:

"You never know what it is, what that thing is that drags you to that person, but you just let it happen. It seems obvious, you know, its almost like going out there and let yourself fall in love a little bit everyday, let yourself be seduced a little bit everyday".


Então tá aí, enjoy:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Férias

Pobre do Purfa, tão abandonado em 2011.

É que o ano começou corrido. E quente. Tão quente que nem dá vontade de ligar o computador ao chegar em casa. Aliás, nem dá vontade de ir para casa. Também não estou com o mínimo saco de comentar as notícias dos jornais, os desabamentos no Rio, a revolta no Egito, a posse dos deputados. Nããã. Tô fora. Analisar comportamento, então, deus me livre. Ainda mais se for o meu. Decidi parar de me analisar por um tempo. Meus neurônios passaram a entrar em recesso às seis da tarde e só retornam quando eu adentro a porta do trabalho no outro dia de manhã. A idéia é passar o resto do verão ligando o meu computador unicamente para ouvir as músicas que eu adoro, ler coisas fúteis, ficar com o ventilador na cara, olhar estrelas, correr pela cidade e depois mergulhar na piscina. Além do trabalho, está decidido que serão essas as únicas coisas com as quais eu irei me comprometer nesses dias. Então fica a dica: distorcendo um pouco aquele comercial de chinelos, dê férias para o seu cérebro. Eu dei, e junto dou mais um mês de férias para o Purfa.


...pensamentos, teorias e devaneios...