domingo, 20 de novembro de 2011

Growing up




Chegou. Acho que chegou. Chegou a hora em que eu olho para trás e constato, inequivocamente, que estamos crescendo. Meio tarde, posso antever alguns pensando. Não é bem assim.

Até pouco tempo atrás era assunto comum na minha roda de amigas como nós, com vinte e poucos anos, ainda não éramos tão diferentes daquelas gurizainhas de dezessete, que se encontravam nos mesmos bares e falavam praticamente sobre as mesmas coisas. À exceção de um pouco mais de responsabilidade, um trabalho para comparecer e algumas experiências a mais, acho que realmente não éramos tão diferentes assim. Não éramos.

2011 talvez seja o ano mais marcante do início da minha vida adulta. Minha e das minhas amigas mais próximas (que acaba sendo uma extensão da minha). Estive tão absorta nas milhões de coisas que eu tinha para fazer ao longo deste ano que mal reparei - ou notei, mas não dei tanta atenção assim - nas inúmeras mudanças que, pouco a pouco, foram acontecendo na minha volta. E em mim mesma. Para além de casamentos, novos apartamentos, uma gravidez, mudanças de cidade e até de país, evidências óbivas da chegada à tão falada maturidade, o que salta aos olhos mesmo é o nascer de problemas e preocupações muito maiores do que a roupa da próxima festa ou o telefone que não toca. Ah, futuro, que grande ponto de interrogação irritante tu és! Aparentes pequenas mudanças na personalidade que, do correto ponto de vista, não são tão insignificantes assim. O interessante é que isso não quer dizer que a mudança seja ruim, pelo contrário: junto com os problemas mais intrincados vem uma maior segurança sobre como lidar com eles e uma consciência agora formada sobre com quem podemos contar nesse caminho. Bom, né? E melhor ainda é observar que, a despeito de todo esse "crescimento", quando junta todas essas "velhas novas meninas" naquela mesma mesa de bar dos dezessete e dos vinte e dois, o divertimento e o nível de besteiras e risadas continuam exatamente os mesmos e, muitas vezes, o assunto final acaba sendo qual roupa usaremos no final de semana ou porque a porra do telefone não toca!

Crescer é inevitável, amadurecer necessário, mas enquanto a gente continuar sabendo rir de nós mesmas, eu estarei tranquila.

...pensamentos, teorias e devaneios...