domingo, 20 de maio de 2012

Certas imagens dispensam legenda.

Desejo uma semana cheia de disposição para todos nós.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Irritando Luiza Lemos

Se eu participasse de um desses concursos de miss e me perguntassem o que eu mais odeio no mundo, ia ficar longe do lugar-comum "miséria", "fome" e "desmatamento" e ia direto ao ponto: burocracia, hipocrisia, politicamente correto e gente reclamona. God, como me irrita esse quarteto! O politicamente correto é o mal do nosso tempo, a hipocrisia a irmã mais velha dele. O pior é que essa família anda fazendo a cabeça de um bando de formador de opinião por aí: bastou o Rafinha Bastos soltar uma piada envolvendo o bebê da Wanessa (que sempre será Camargo, sorry marketing!) e o mundo cai em cima dele. A tirada foi mesmo infeliz, mas vamos combinar: nada muito diferente do que o CQC vinha fazendo desde que nasceu ou do que o Pânico sempre fez. Essa é a MORAL desses programas, achincalhar o próximo, sem qualquer piedade. Ou alguém acha mesmo que o Rafinha comeria um feto ou estava incitando a pedofilia? Quer ser politicamente correto, se filia no Greenpeace e vai salvar orcas virgens na Antártida. Parece que não chegou stand-up comedy ainda por lá. E os reclamões? Nossa, eles vem galgando posições no meu pódio de irritações. Nada está bom, nada é realizado e, quando é, está mal feito. Fazer que é bom? Nada. Reclamar? Sempre. Quer ver? Cresci ouvindo que deviam reformar a orla do Guaíba, torná-la "habitável". Óbvio, torcia para que fosse feito também. Mas basta se mexerem, viabilizarem o projeto e chamarem um arquiteto bam-bam-bam para pôr os planos em prática, que o bando de reclamões vem à tona protestar por... não terem chamado um gaúcho! Hein? Quer dizer que o que se deve analisar no momento de contratar um arquiteto é a sua procedência? Bem pensado, gente chata. Depois veio a ciclovia. Porque no nosso desejo-de-mundo-sustentável-ecologicamente-perfeito a bicicleta é a saída para todos os males. Não que eu tenha algo contra elas, pelo contrário: quisera eu ter físico e disposição para andar para lá e para cá sobre aquelas duas rodas. O chato é que antes a histeria era pelo absurdo de não haver ciclovias em Porto Alegre (e era absurdo!), mas a ciclovia é inaugurada e... só escuto reclamações. Nem um mísero elogio, ainda que pela iniciativa. Nossa Senhora da Bicicletinha, dai-me equilíbrio para lidar com esse pessoal! Olha, se não tivessem esquecido a minha Caloi, eu ficaria agradecida por finalmente ter um espaço para transitar com ela sem o risco de ser esmagada por um T-Qualquer-Coisa! De início, pelo menos sairia para dar uma volta-teste, ao invés de ficar em casa postando no facebook o quanto todo mundo faz tudo errado o tempo todo. E não pensem que esse é um post político, defendendo a prefeitura ou algo do tipo (sim, eu já me antecipo aos reclamões). A burocracia também me agonia profundamente e quase surtei ao ver que uma ação sensacional como aquela feita por uns guris portoalegrenses, de colar adesivos nas paradas de ônibus para que os próprios passageiros preenchessem quais linhas passavam por ali, foi considerada ilegal pela EPTC. Em suma, me deu vontade de enfiar a Zero Hora no "azulzinho" dos azulzinhos!!!! (e acho que mais gente teve essa mesma vontade, já que depois de um tempo a EPTC voltou atrás e abraçou a proposta). Teve ainda o episódio do pobre (obviamente no sentido figurado) do Gabriel Pensador, que cobrou por sua participação em uma feira literária do interior do RS e foi crucificado, como se cachê fosse pecado e escrever não devesse ser nada além de uma forma de filantropia. E eu não estou defendendo o valor cobrado, talvez tenha sido excessivo mesmo. Mas vão encher os ouvidos de quem contratou o cara, de quem liberou a verba, não do artista / escritor que cobrou o seu preço por ser este o seu ganha-pão. Fato é que eu poderia escrever mais uma bíblia aqui com um bilhão de exemplos de situações que me tiram dos eixos, mas como tenho medo de parecer justamente o tipo reclamona que eu tanto desdenho nesse post, deixo para o Gabriel Pensador e o tapa com luva de pelica que deu ao responder para os manés da situação descrita. Porque eu me esqueci de comentar lá no início que, em um concurso de miss, ao ser questionada sobre o que eu mais admiro no mundo, deixaria de lado as respostas-padrão "honestidade", "integridade" e "generosidade" e ia direto na "inteligência". Não acha? Então ouve o Pensador aí e muda de idéia.

...pensamentos, teorias e devaneios...