sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Leila Diniz
Voltando para o Purfa com Leila Diniz:
"Sei que me arrisco a ficar sozinha e mesmo a um isolamento maior e absoluto, mas eu pago para ver. Não é só atitude, é necessidade, é ser. Não vou deixar de procurar em mim, saber minhas coisas, meu caminho, minhas verdades e ser como sou. Fiz essa escolha, essa opção na vida e acho que vale as consequências. Não vou parar pra me acomodar às coisa mais 'bonitinhas e limpas', às situações protetoras (que são também limitadoras e podadoras), prefiro ficar aí. No meio da briga, no meio da zona, nua. Parando em tudo aquilo que me interessar.
Somando, subtraindo, dividindo, multiplicando, tanto faz, tudo isso. Me interessa o saldo. E esse fica dentro de mim. É minha base, meu alimento, meu estofo, é disso que eu vivo. E se vivo assim é porque para mim é essencial esse tipo de busca, de vida. Não posso sair, nem me proteger erradamente, nem me acomodar, não me importa também o fim, 'aonde que eu vou chegar'. Importa ir. Sei que me arrisco à solidão, se é isso que me perguntam, mas eu sei viver assim".
Leilas, Luizas, Marias. A gente. Que venha a primavera!
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