quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A manhã molhada

Pois é leitor, hoje bem cedo da manhã, por voltas das seis e meia, eu vinha dirigindo para o trabalho. No caminho me deparei, devido a chuva da madrugada que seguiu pela manhã, com inúmeras poças nas ruas.
Alguns motoristas diminuíam bastante a velocidade temerosos se iam conseguir passar ou se ficariam atolados. Outros, em compensação, aceleravam ainda mais pelo mesmo motivo. Sempre que se passa rápido por essas piscinas que se formam sobre o asfalto, respinga água para todos os lados e sempre tem um pedestre que recém desceu do ônibus na última parada ou outros que, com o seu guarda-chuva, vem saltitando as pequenas poças que estão na calçada. Encharcadas! As pobres pessoas ficam encharcadas, molhadas, humilhadas.
Uns já meio conformados com a sua condição baixam a cabeça e seguem seu caminho, outros, com o dedo em riste, largam xingamentos, insultos, palavrões. Depois eles desejam que os motoristas se atolem na próxima poça, se atolem na próxima lama cheia de esterco e logo adiante se atolem na vida!
Em dias de chuva esse caos é vivenciado freqüentemente e as pessoas que ainda tem um dia inteiro para encarar já estão estressadas, mal humoradas e molhadas. Sair para trabalhar em dia de chuva é o verdadeiro inferno devido às péssimas condições que a nossa Porto Alegre tem de suportá-las. É insuportável sair de casa em dia de chuva já prevendo o que se passará nas próximas horas. Faltam bueiros e outras formas de escoamento da água. Precisamos de uma reforma para que não no molhemos mais. Para que não nos humilhemos mais.

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