segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FELIZ 2009


Pois é, e não é que 2009 tá aí mesmo?

E vai saber o que esperar dele... se o horizonte está um pouco nebuloso com a possibilidade de uma crise em proporções inimagináveis (falam até de colapso do sistema) e com a situação no Oriente Médio tensa novamente, prefiro acreditar no meu lado otimista inveterado: depois de um ano em que o país mais poderoso (e possivelmente racista) do planeta elegeu um presidente negro e que o Bush levou uma sapatada, eu só consigo pensar que vem coisa boa por aí! E ainda passando a virada no Rio, com aquela paisagem indescritível na minha frente, rodeada de amigas, vendo um show de fogos espetacular e ouvindo a Mart'nalia cantar "don't worry, be happy"... ahhhh, meu bem, como diria um amigo meu: 2009 vai ser mara!

E HAJA SÃO JORGE, MUITO VERMELHO E VERDE!

Feliz Ano Novo, até 2009!!!!!!!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

le scaphandre et le papillon

Não costumo escrever sobre cinema. Pelo menos não criticamente, me falta uma capacidade analítica mais apurada, e pelo menos neste blog, os demais integrantes fazem isso muito bem.
Por isso que só falo de filmes quando saio do cinema - ou levanto do sofá, como há pouco - com um sentimento que pede pra ser colocado pra fora com urgência, sob pena de se esvair.
O Escafandro e a Borboleta começou me causando um déja vu. E pela natureza da memória despertada, trouxe junto um assombro: um olhar que demora a distinguir formas, cores, vozes. A constatação de que é inútil tentar se comunicar, a voz não sai, as palavras não se articulam. O diagnóstico. Virar objeto de estudo de acadêmicos de medicina. A súbita complexidade de tarefas tão corriqueiras quanto escrever um bilhete. Os olhares compadecidos.
Jean-Do ficou apenas com o olho esquerdo. O suficiente pra escrever um livro, pra fazer uma mulher chorar, pra fazer escárnio. Correção: o olho esquerdo, a imaginação e a memória. O suficiente pra descer uma montanha esquiando, pra beijar a mulher amada na beira do mar, pra fazer a barba do velho pai. Não voltou a ser editor da Elle, bon vivant, paizão, e assim não precisou repensar o que tinha sido até ali e como seria dali pra frente. Maldisse o médico, teve tesão pela fonoaudióloga, riu com os entregadores que acharam a coisa mais engraçada do mundo um paciente incapaz de falar recebendo um telefone.
Não sei se em algum momento eu me comovi pura e simplesmente pela história contada ou se me identifiquei o tempo todo, mesmo porque acredito que ambas sensações se complementam.
Acho que o que eu quero dizer é que nessa época de balanço, depois de um ano movimentado, com vários tipos de medo batendo, tudo o que eu precisava era ver em outro o que se passou comigo. Porque eu costumo minimizar, fazer graça, nunca penso em como foi foda, e daí pra eventos menores me deixarem em pânico não precisa muito.
É isso, ando angustiada, e tava precisando me olhar desde outra perspectiva.
E o filme é lindo!

Um dia já pode fazer um bem danado: andar com a minha irmã pela Redenção em clima de cumplicidade, ver meu tio amado virar um pai babão, falar muito na análise, criar uma receita, assistir a um bom filme. Mas ainda acho que tudo ficou melhor porque hoje a Olívia veio ao mundo!

Amor ao bom velhinho

Querido Papai Noel, acho que já conversamos muitas vezes sobre a gente. No fim eu fico sempre com medo de ter falado mais de mim do que ter te ouvido. Imagino como tu possas te sentir, mas às vezes é inevitável. De qualquer forma, acho que conseguimos falar de ações e sentimentos pessoais e, no fim, nos reconhecemos. Nós nos reconquistamos nesse ano que passou! Desculpa a minha insegurança e as mentiras. Eu errei principalmente porque naquela conversa que tivemos no início do ano no bar do Alaska eu prometi que nunca mais mentiria pra ti. Mas é impossível. A mentira é para o cérebro o que a fumaça do cigarro é para os pulmões: um falso bem estar.

Quero que entendas que estou arrependido e que faço isso porque tudo é muito difícil para mim. A minha cabeça a o meu coração estão uma pilha. Mas estou conseguindo parar com as mentiras. As troquei pelo cigarro e pelo uísque. Espero que o senhor entenda que é preciso ter uma compensação. Sábado passado, porém, aconteceu algo inusitado. Senti meu peito apertado a minha cabeça inquieta. Era início da tarde e nem as drogas conseguiram me tirar aquela sensação horrível. Deve ter sido Deus, nosso senhor, que me mandou o telefonema da Verdadeira Luz, minha tia. Fui pra casa dela e passei a tarde toda lá. Contei tudo a ela. Eu precisava e me fez tão bem. Precisava de um abraço materno e de um colo pra banhar de lágrimas.

A coisa mais importante que aconteceu na casa dela foi eu me dar conta de que, independente de qualquer coisa que possa acontecer comigo ou contigo, independente de qualquer escolha nossa, eu não quero te perder de novo. Estou fraco e só preciso saber que tu estás aqui, do meu ladinho. Não me abandona de novo e nem me trata daquela forma distante. Não quero reviver 2005. Quero o belo... ao teu lado. Lembra dos pedidos dentro da bota? No meu dizia BELEZA.

Nunca vou me esquecer da festa de aniversário da tia Afrodite, onde a vizinha Pobreza seduziu e embebedou o tio Recurso que estava na sua, observando tudo. Eles acabaram ficando juntos e no fim da noite transaram e tiveram um filho: Eros, o Amor. Um lindo menino. Depois daquela festa vi que tudo na minha vida tinha mudado. O amor não é apenas da riqueza, mas, sim, da humilhação, do barraco.

"Dei pra mal dizer o nosso lar, pra sujar teu nome,te humilhar e me vingar a qualquer preço. Te amando pelo avesso."

Hoje sei que nosso amor é verdadeiro, tenha ele puxado mais a vizinha ou o tio. Não importa.

Beijo.
Hípias.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

...

Tem horas que o melhor remédio é escrever.

E tem horas que tudo que se quer é escrever, em que há tanto pra falar, bilhões de coisas por dizer, mas se olha o computador e... nada. De repente porque sentimentos à flor da pele não são descritíveis, ao menos para uma não-gênia-das-letras como eu. Porque eu concordo plenamente com a crônica aí de baixo: grandes gênios de qualquer tipo de arte são aqueles que têm a sensibilidade de passar a dor das suas vidas para o papel, microfone, tela. Eu, entretanto, que só vou escrevendo sem maiores habilidades, tenho uma séria dificuldade em escrever no meio do turbilhão. Só quando tudo se acalma, a maré baixa, a rotina é retomada, é que dá para identificar o que se sentiu, como aconteceu, tirar conclusões e aí sim escrever.

A maré já baixou, a calmaria voltou e a rotina tá uma delícia, nesse clima de fim de ano que eu tanto adoro! Muitos programas, eventos, novidades, planos. E sol...ah, o sol!É engraçado como a gente se engana nas previsões do nosso próprio futuro: às vezes só pensamos na tristezinha que será um "the end" e não nos damos conta da alegria muito maior que é o "let's start again"!

2009, BABY. QUE VENHA!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sentir - Senti - Sem ti

Ontem recebi uma carta de uma amiga querida, porém muito distante que nunca me escreve. Pois quando eu a abri, lá estavam as suas histórias tão bem escritas e tão bem contadas que seriam capazes de comover qualquer leitor mesmo sem conhecer o remetente. E no fim, a frase que mais me chamou a atenção:
- Estou triste e precisava colocar alguns dos meus tantos sentimentos para fora, nem que fosse numa folha de papel para ver se me livro de alguns e/ou se, pelo menos, os organizo.

Fiquei pensando nas emoções em geral e principalmente na tristeza. Depois de ler a biografia das principais cantoras do mundo, pelo menos para mim, que não sou nenhum crítico de música, mas que, sim, aprecio a arte feita com alma: Elis Regina, Billie Holiday e Édith Piaf. O que estas três mulheres fenomenais teriam em comum? Uma vida desgraçada? Não exatamente. O que percebi foi que todas elas acumularam durante suas trajetórias uma tristeza pela vida, mas, ao mesmo tempo, uma vontade tão grande de viver. Talvez e provavelmente sejam as trapaças que o destino de um o aplica e a sua fantástica habilidade de amar. Tudo em um só corpo e alma. É isso. O que falta na arte e no mundo são emoções e a sabedoria de senti-las e degustá-las.



Esses dias ainda ouvi nosso grande poeta Vinícius de Moraes me dizer que não se faz samba sem tristeza. Mas justo samba que é tão animado? Pois é assim mesmo. De certo para se fazer arte é preciso ter os sentimentos a flor da pela, exalando sensibilidade por todos os poros de nossos corpos. Talvez não seja também só uma questão de arte. A tristeza é uma qualidade inerente ao ser humano. E com ela evoluímos e vamos nos transformando aos poucos em pessoas melhores. De repente, quando ela vier é bom deixá-la fermentar e amadurecer dentro de nós como o vinho em um barriu de carvalho. O carvalho também há de ficar melhor.

Todas estas frases acima que estão em forma de afirmações, são apenas indagações que surgiram conforme fui observando o meu infinito particular. Aceito críticas, doam o que doer. Afinal: “...no fundo, toda a dor tem uma pontinha de prazer...”

sábado, 6 de dezembro de 2008

..................................

Dez para as seis: acordar e ir correr. Casa, banho, seca cabelo. Correndo pro cabeleireiro, hora marcada pra fazer as unhas. Trabalho. Muitos prazos hoje. Urgente, é urgente. Almoço. Mais trabalho. Trânsito, aula. Casa, internet, TV. Dar uma lida antes de dormir. Acorda mais cedo pra estudar para uma prova. Trabalho sem intervalo pro almoço pra estudar mais um pouco. Prova, escreve seis folhas. Encontrar as amigas para desestressar e pôr os papos em dia. Acorda cansada da saída de ontem. Correr. Trabalho. Trânsito. Aula. Que sono, mas preciso acabar o livro! Chegando o fim-de-semana, vamos naquela festa? Vamos, mas antes tenho que ir no super. Devolver o filme na locadora. Dar uma olhada no Orkut. Se arrumar para a festa, maquiagem, secador, escolher uma roupa. Ops, não tirei dinheiro, passa num caixa. Acorda com uma mensagem. Ficou com ele? Foi bom? Ressaca. Obrigação de aproveitar o dia, sol, parque, chimarrão. Chopinho de noite. Almoço em família. Cinema. Ver as amigas de novo, contar do fim-de-semana. Acordar cedo, correr, comprar um presente de aniversário. Ele ligou? Vai mandar email. Procurar pousadas pra viagem do fim-de-semana. Pagar contas. Churras do pessoal da praia. Mandou o email? Não, mas o chefe mandou, tenho que chegar mais cedo amanhã. Trânsito, atrasei. Não dá pra perder a aula, não posso ter mais faltas. Colocar gasolina, tá na reserva. Viagem no fim-de-semana, dirige 5 horas. Festa. Praia. Arruma as coisas rápido pra não pegar trânsito na BR. Chega, vê a família. Acorda cansada da viagem. Putz, esqueci algo importante lá. Concentra, tem três contestações pra fazer. Sai rápido pra almoçar com a amiga que brigou com o namorado. Depilação. Pagar contas. Jogo do Inter, trânsito na volta, dormir tarde. Janta com a família. Discurso da mãe: tá, eu sei. Tá chegando o fim-de-semana de novo, o que vamos fazer mesmo? Relatório, pra entregar até o meio-dia. Levar o irmão num curso. Reencontro do pessoal do colégio. Sono no trabalho, traz um café! Aula, fez a pesquisa? Sair hoje? Jura? Não sei, tenho que acordar cedo amanhã. Ligar. Decidir. Sair. Pensar, a cabeça não pára. Ler. Escrever. Dançar. Dirigir. Falar.




PAUSA.


Tem horas que tudo que se precisa é e uma pausa. Descansar. Ficar em casa sem fazer N-A-D-A. Desligar a cabeça. Just for a while...

...


......



................



..........................................

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quisera eu...

Não sei o porquê dessa polêmica toda em torno da diferença de idade e todo esse blábláblá... é só olhar para ver um sentimento bonito rolando ali. Alguma dúvida de que é isso que importa?





"Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade..."

...pensamentos, teorias e devaneios...