quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Textinho a publicar (ou não) no jornalzinho da família...

O Ché me pediu para escrever alguma coisa para o jornalzinho da família. Da outra vez a Lelena já tinha pedido, o que me faz crer que o Tio Quincas, por algum motivo desconhecido, colocou na cabeça dos filhos que eu escrevo bem. Anyway, bem ou mal, agora cá estou (qualquer reclamação, favor direcionar-se à mesa da Tia Arabela).

Eu adoro as festas da família. Não estou aqui babando ovo não, eu realmente gosto muito. De repente porque sou fruto dessa família por todos os lados, para qualquer direção da minha árvore geneológica que se vá, se chega na Vó Quinota. Ou então porque desde que eu me conheço por gente meus pais são separados e acaba sendo na festa da família o único momento em que estão as duas famílias, de pai e de mãe, reunidas. Mas na verdade, na realidade mesmo, eu acho que esses motivos até ajudam, mas posso listar dezenas de outros que me fazem sofrer se tenho que faltar uma festa.

Esse ano, por exemplo, não poderei comparecer. Motivos mais fortes me levam ao litoral catarinense, fazer o quê... mas juro que fico muito chateada de perder, porque só tem uma vez por ano. Perdeu? Só ano que vem. Eu lembro que quando eu estava na Austrália me enviaram o jornalzinho da festa: eu chorei lendo. Provavelmente não tinha nenhuma notícia triste, nem uma única singela nota mais emocionante, mas eu chorei lendo. E é lembrando disso que eu consigo elencar os motivos que me fazem gostar tanto da festa.

Reencontrar todo mundo, muitos dos quais acabamos vendo só ali mesmo; ler e dar risadas com os jornaizinhos e com eles se inteirar dos acontecimentos do último ano (quem casou, se formou, viajou,...); os doces das tias, sempre um espetáculo; a cervejinha gelada e a animação progressiva (meu pai diz que eu tenho que me cuidar nesse sentido, é muita genética para uma pessoa só!); ver a minha família reunida, o que acaba sendo difícil, na correria do dia a dia; encontrar o pessoal do Tio Ruy, pois acaba sendo só na Festa da Família (ou por causa dela) o meu contato com eles; a mesma coisa com a Tia Lalá e companhia, que eu até vejo com mais frequência, mas não com a necessária; a Tia Bira querida, sempre presente; aquele batalhão da família da Tia Wanda, uma alegria só, que anima a festa; rir com os filhos da Tia Ara, que eu já considero tios de verdade, como se fossem irmãos dos meus pais; ouvir o discurso do Ché (sempre tem, né?); descobrir o que a comenda do ano aprontou de novidade; a eleição da nova comenda, sempre um show de risadas; descobrir o quanto eu cresci ("como tu cresceu") - e agora que eu já passei dessa fase, ver como as crianças crescem rápido (desespero!).

Enfim, por essas e por outras que a Festa da Família significa muito para mim. Eu acho que tem que ter todo ano sim e que a gente não pode deixar morrer. Porque no fim, a família é tudo que nós temos e o sentimento de união que a festa passa deve permanecer sempre. Foi pouca gente em um ano específico? Paciência, quem foi se divertiu. Mas que se faça sempre.

Até porque, no fim das contas, eu não posso viver sem os discursos do Ché...

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