domingo, 24 de agosto de 2008

ressaca

Preciso parar de beber tanto... Não excluir o álcool da minha vida, não sou - mais - tão radical. Mas a primeira frase é dita e pensada a sério, não é o discurso vazio e mentiroso que a gente faz quando acorda como se um hipopótamo estivesse sentado sobre a nossa testa. Até porque o hipopótamo curiosamente não senta mais sobre a minha testa nas manhãs pós-bebedeira. Ou ele perdeu peso. Não tenho mais ressaca! "Mas que maravilha", me dirias tu. Beber litros, misturar de tudo um pouco, e acordar pronta pra corrida matinal: parece o melhor de dois mundos!
Acontece que não é bem assim. Quando se deixam de perceber os sintomas do trago, é porque o corpo já anda tão acostumado a ser inundado por vinho, cerveja, mojito e afins, que não dá mais a mínima. Comporta-se normalmente, como se na noite anterior o proprietário da carcaça tivesse tomado um copo de leite morno, assistindo à Noviça Rebelde no dvd.
O resto do quadro pós-etílico é mais ou menos igual: acordar de manhã e se ver com a roupa da noite anterior; encontrar um pé da bota ao lado da cama, e o outro um lance de escadas abaixo; conferir o celular com medo do estrago eventualmente feito (nem foi tanto assim... erros de ortografia teriam me incomodado mais); e passar as primeiras horas do dia meio sem saber o que fazer. Hoje, em particular, eu pretendia sair pra correr logo que levantasse, mas Porto Alegre tá em seus dias de lousy weather... talvez ainda vá caminhar a esmo com minha sombrinha-marquise, já tava mesmo sentindo falta de caminhadas chuvosas. Por ora, fiquei no computador lendo blogs, baixando músicas, ouvindo Piaf e pensando que eu não quero acabar como ela...

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