quinta-feira, 15 de abril de 2010

Trágicas e Cômicas

Tem uma amiga minha que não lê jornal, não tem esse hábito. Aliás, até pouco tempo ela não lia nada, até que surgiu a saga Crepúsculo para fazê-la sucumbir ao mundo das letras (bom, pelo menos alguma vantagem tinha que ter a saga Crepúsculo!). Mas enfim, não se fala sobre vampiros e lobisomens nos jornais, então ela segue dispensando esse tipo de leitura. Pois bem, a falta deste hábito, que antes eu achava ruim só pela falta de cultura geral e noção do que está acontecendo no mundo, se mostrou para mim agora até como causa de risco de vida! Explico: o destaque da Zero Hora ontem era a notícia de um menino que morreu de um choque que levou ao se encostar na grade de uma parada de ônibus de Porto Alegre. Tal parada localiza-se bem em frente a minha faculdade e qual não é a minha surpresa ao passar por lá ontem de noite, depois de ocorrido e noticiado o fato, e ver pelo menos umas duas criaturas beeem descansadas encostadas na grade enquanto esperavam o seu ônibus! Eu, com medo de passar perto da tal parada e os felizes ali, encostadaços no metal que deu o choque fatal em um menino no dia anterior! Das três, uma: ou essas pessoas eram suicidas, ou cansaram da roleta russa e resolveram brincar com a morte de outra maneira ou... não lêem jornal. Sendo a última opção a mais plausível, deixo novamente aqui o conselho para a minha amiga aquela, agora com a pretensão, inclusive, de zelar pela vida dela: VAI LER JORNAL!

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E já que falei dessa notícia, não custa mencionar: não tem quem não se choque com essas mortes inesperadas, beirando o absurdo! Teve essa, teve a daquela menina que estava voltando da faculdade, na mesma Avenida João Pessoa onde se localiza a tal parada de ônibus, e caiu uma marquise na cabeça! Parece que certas vezes a morte quer zombar da gente, meio que enviando um aviso de que tem o poder e pode chegar a qualquer hora. São as típicas situações que "seriam cômicas se não fossem trágicas" e acabam sendo o tipo da coisa que me faz acreditar (ou desacreditar, não sei) em destino.

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Amo troca de estação! Estou ficando cada vez mais convicta que as minhas estações prediletas são as intermediárias, primavera e outono. Elas vem quando a gente já está cansado da estação anterior (as fortes - ou friozão, ou calorão) e trazem um astral novo, uma sensação que eu adoro! O friozinho mal começou a se pronunciar em Porto Alegre e já me bateu aquela vontade de mantas, botas, queijos e vinhos, cobertor e filme, Gramado, fondue. Hmmmmmmmm...

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Eu sempre gostei de revistas de moda, mas agora ando meio viciada em blogs do tipo também e juro que estou ficando com medo, haja vista a frequência com que ando lendo esse tipo de coisa, de incorporar o vocabulário fashionista ao meu usual. É um tal de hot spot da estação, jet setter, must have da temporada, high-low, vintage, make básico, label estrelado, fora o sempre presente balaio de it's (it girl, it bag, it shoe)! E ainda tem nomes como Genovieve Jones, Olivia Palermo e Alice Dellal, que não dizem nada para a maioria dos mortais, mas são modelos a seguir e assuntos a comentar para quem observa esse mundinho! Olha, no meio desse monte de jargões para inglês ver e de nomes para se imitar, dá até para usar de novo aquela expressão lá de cima, só que invertida: "SERIA TRÁGICO, SE NÃO FOSSE CÔMICO". Mas mesmo assim eu adoro!

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