sexta-feira, 4 de junho de 2010

How about love?



Dia dos namorados chegando, solteirice pegando e nem um vislumbre de melancolia de minha parte no horizonte. Isso até me dá medo. As solteiras de plantão à minha volta já vem sofrendo antecipadamente há mais de mês, jogando pragas e fazendo simpatias. Para cada murmurro de insatisfação delas, sai uma cortada de reprovação minha, seguida pela tréplica delas de que eu não conto, que eu sou uma "solteira convicta", uma "solteira bem resolvida". Hein? Será que elas tem razão?

Vejo um monte de relacionamentos na minha volta e é impossível, para a minha cabeça eternamente funcionante, não analisar. Acho que é isso que me (des)encanta nesse negócio todo: meu Deus, co-mo é di-fí-cil! Não tem receita, depende de sorte e a experiência conta muito pouco. Aaai, medo de novo!

Vejo aqueles "casais forever" se desfazendo e outros, em que o fim era iminente há pouco tempo atrás, flutuando em um mar de rosas. Vejo casamentos perfeitos acabarem, vejo péssimos casamentos continuarem e um mais do que óbvio vice-versa. Vejo namoros-paixão, namoros-parceria, namoros-conveniência. Uns começando, outros acabando, vários se mantendo. Cada um com a sua receita, que (#ficadica) possivelmente não adiantará ser seguida pelos outros.

Nessa função, eu não consigo definir direito a minha posição, mas acho que eu chegaria perto de algo como uma otimista/racional. Explico: não acredito em uma só alma-gêmea, acho que existem muitos "encaixes" para cada um. Sei e tenho sempre em mente que casos, namoros e casamentos acabam SIM, é quase que inevitável. Podem até me citar os casamentos de uma vida inteira para desbancar a minha teoria, mas não funciona: pergunta se o casamento do início é o mesmo relacionamento das bodas de papel e se esse é o mesmo das bodas de ouro? Mais do que provavelmente não. Cada casamento acaba, ainda que continue o mesmo (compliquei, eu sei).

O que acontece - E É IMPORTANTE TER EM MENTE - é que isso não quer dizer que eles não deram certo. E mais: que não virão outros. Sempre virão outros. E só mais um pouco: se acabam, é para melhor. Pode demorar uns dias, dois meses, três anos de fossa. Mas quando a fossa passa, a vida muda sempre para melhor. Pelo menos é o que eu tenho visto por aí e, podem acreditar, minhas opiniões sempre tem fundo empírico.

Então a questão para mim não é entre ser solteira convicta ou rezar para Santo Antônio todo dia para arrumar um marido. A diferença para mim está entre racionalidade x emotividade, otimismo x pessimismo. As atitudes das pessoas quanto a relacionamentos deviam ser classificadas em 4 categorias: racionais-otimistas, racionais-pessimistas, emotivos-otimistas e emotivos-pessimistas. Me parece que a grande maioria das pessoas (grande maioria das mulheres para ser mais exata) são emotivo-pessimistas, completo oposto do que eu acredito.

Racional-otimismo: deve-se ser racional o suficiente para saber que as coisas podem e possivelmente darão errado uma hora ou outra, mas não tanto a ponto de parar de acreditar que vão acontecer de qualquer forma. Porque - e aí entra o otimismo - elas vão. E até podem acabar depois, mas daí outras acontecerão novamente. E assim vai a vida, nessa ciclicidade de que eu tanto falo. Dá para entender? É tipo "se acabou, acontece, mas virão outros". Típico conselho furado de amiga em fim de namoro, mas para mim impressionantemente real. Sim, amiga, SEMPRE virão outros!

Então, para que se desesperar se as coisas sempre tem seu tempo? Deve-se saber respeitar o tempo. Elas VÃO acontecer, e depois disso possivelmente acabar, e depois da fossa tudo vai melhorar e recomeçar novamente e assim por diante. Mesmo que uma pessoa viva a vida toda em apenas um casamento é assim que as coisas vão se passar. Só que, nesse caso, todas essas fases com uma só pessoa.

O que eu acho engraçado é que geralmente o maior medo das pessoas é "não ter alguém", "não estar namorando" ou "não casar" ao invés de ser "não encontrar alguém de quem eu realmente goste", "não achar alguém com quem eu realmente me divirta" ou "não achar alguém que me faz realmente feliz". O antes só do que mal acompanhada funciona para poucas - acho que só para as racionais/otimistas mesmo.

Então assim: eu tenho SIM medo de não achar alguém com quem eu realmente me sinta bem. Mas por outro lado ACREDITO que vou, uam hora ou outra. Já achei algumas vezes, oras, vai acontecer de novo. Eu respeito o tempo e, enquanto esse encontro não chega, eu vou me divertindo como posso... (ôôô se vou!).

Ps: e depois dessa palestra toda, vem o Carpinejar e me desbanca - ver figura lá de cima.

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