quarta-feira, 11 de março de 2009

Movies again.

Lá vou eu falar de cinema - “É o único assunto que essa guria tem?” – “Pois é... se pá... acho que sim”.

Enfim, corri, corri, corri e consegui ver a maioria dos filmes indicados ao Oscar deste ano. Pelo menos os mais falados: O curioso caso de Benjamin Button, Quem quer ser um milionário, O leitor e Milk. Todos bons. Alguns maravilhosos.

Começando pelo curioso nem tão curioso assim Button, vou dizer que achei um filme bonito, mas esperava muito mais. Me pareceu que o filme foi feito unicamente para o Brad Pitt parecer bonito (o que não é difícil e obviamente acontece: aquela cena dele na moto de Ray-Ban é de suspirar em alto e bom som!). No mais, uma Cate Blanchett deslumbrante e uma excelente atuação da atriz que faz a mãe adotiva do Pitt. Achei o roteiro normal e ponto. Era para ser um filme surpreendente e acabou sendo, para mim, apenas um filme bom.

Já “Slumdog Millionaire” me agradou bem mais. Aliás, me agradou muito. Com roteiro otimista, elenco muito bem selecionado e estética à la Bollywood, faz qualquer um sair do cinema feliz, encantado até. Só achei estranho ganhar todos os prêmios principais do Oscar, pois claramente não é um filme com as características da Academia. Ficou a nítida sensação de ter sido mais um ato diplomático do que um reconhecimento dos méritos do filme.

Por fim, meus preferidos: Milk e O Leitor. O último é um dos filmes com melhor roteiro que eu já vi. Como é que alguém pensa em toda aquela história é algo que me fascina. Além disso, não é de hoje que eu sou fã confessa da Kate Winslet e achei a atuação dela fenomenal, a encarnação perfeita de uma alemã durona, rígida, com um constante medo do apego. E o Milk... ah, o Milk! Para começar, junta três coisas que eu adoro: política, discussão sobre preconceitos e histórias reais. Para fechar com chave de ouro, um roteiro bem construído e uma atuação sem precedentes do Sean Penn. A afetação constante, mas discreta, o carisma e a sutileza no interpretar me deixaram impressionada. Além disso, achei interessantíssimo descobrir que existiu um cara que, em menos de dez anos, conseguiu plantar sementes que florescem até hoje. Acho que até o mais preconceituoso dos preconceituosos se emocionaria com o filme e com a luta dele.

Enfim, boa época essa em torno do Oscar. Daqui a pouco volta a só passar Superman nos cinemas de Porto Alegre...



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