terça-feira, 28 de julho de 2009

Humor, inteligência e mais daquela viagem.

“Senso de humor e inteligência” – parece ser a resposta padrão de toda famosa (ou almejante) ao ser interrogada sobre as características necessárias para se interessar por um homem.

Posso então parecer manjada, repetitiva, charlatona, mas tenho notado o quanto essas duas características efetivamente me atraem e fazem alguém que antes passava desapercebido me chamar – e muito! – a atenção. Para exemplificar, não vou nem falar da vida real, de pessoas que convivem comigo e que eu encontro no dia a dia, mas dos artistas mesmo, aqueles que aparecem na TV e que até o meu cachorro conhece.

Quando perguntam para qualquer mulher um artista que ela acha lindo, as respostas provavelmente não vão exalar muita criatividade: Pitt, Clooney, Santoro e por aí vai. Lindos, perfeitos, unanimidade.

Só que agora, com essa profusão de artistas invadindo a internet, com blogs, Twitter e assemelhados, eu tenho me pegado analisando um pouquinho mais a fundo: fulaninho escreve bem? Pelo menos pensa??

E quando a resposta é sim, pode escrever, meu radarzinho começa a apitar. A minha primeira paixãozinha-platônica-por-artistas-que-nunca-saberão-quem-eu-sou, em razão do que eles pensam e não da beleza, foi pelo Pedro Neschling. Conhecia ele de um ou outro trabalho na TV, lembro de ter sido um dos irmãos Sardinha, mas nunca achei nada demais. Comecei a ler o blog dele e plaft: inteligente, interessado por tudo que me interessa, tranquilão. Apaixonei.

Depois, notei que meu interesse pela inteligência aumentava quando ela vinha acompanhada de humor. Notei isso com o CQC - programa, na minha opinião, de humor inteligente. Comecei achando eles só engraçados, daí vem uma boa tirada daqui, uma piadinha inteligente dali e quando eu vi tava achando uns três dali ótimos, par ideal, marido perfeito! E olha que nenhum é muito bonito não... Outro dia, novo episódio confirmando a minha tendência recém-descoberta: o Marcelo Adnet, da MTV, foi dar uma entrevista no Jô. Indiscutivelmente a primeira impressão que o Adnet passa é de uma pessoa feia, meio esquisita, narigão, orelhão. Pois então: não precisou nem acabar o primeiro bloco do programa para eu estar achando ele O charme da vida!!!!

Já um bando de galãzinhos globais, rostinho perfeito, corpinho malhado, passam batido por mim quando eu entro no blog e não acho nada além de “tava iraaado”, “a novela ta maaaassa” e “beijããão galera”. Não que atração física não seja importante, mas que uma boa dose de inteligência e humor ajudam a fazer com que ela seja descoberta... aaah, como ajudam!

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E ainda no clima de depois daquelas férias...

Eu sei que uma viagem me marcou quando eu volto completamente nostálgica; quando basta uma breve menção ao lugar onde eu estive para que eu me encha de suspiros de saudades; quando eu quero profundamente voltar assim que possível.

Porque para mim existem dois tipos de viagens: (1) aquelas em que eu conheço lugares que, por mais maravilhosos que sejam, não me tocam profundamente e (2) aquelas em que eu conheço lugares que, maravilhosos ou não, me marcam demais.

No primeiro caso é assim: eu acho lindo, aproveito a viagem, percorro o lugar, tiro minhas fotos, mato as minhas curiosidades e pronto: é um lugar a mais conhecido, uma experiência nova. Voltar? Até pode ser, mas não faço questão, ante a possibilidade de desbravar novos horizontes... Já no segundo caso, sabe-se lá que sintonia acontece, se é o astral do lugar, as companhias da viagem, as pessoas que eu conheço lá, o acaso. Eu só sei que eu crio uma ligação imediata (mas que eu só vou percebendo com o tempo), uma afinidade absurda e parece que eu meio que “pertenço” àquele lugar também. Ao ir embora a vontade é ficar. Não sendo possível, a vontade é voltar. Voltando, a vontade é repetir de novo, e de novo, e de novo. Que delícia quando acontece isso!

Pouquíssimos lugares tiveram esse efeito sobre mim. Até agora Nova York, onde eu fiquei por meros 5 dias e já me sentia em casa, o Rio, lugar que eu já considero quase como uma segunda morada (sem base nenhuma para isso) e para onde eu sei que sempre vou voltar e agora Itacaré.

O engraçado é que eu noto que não tem um padrão para determinados lugares “fazerem a minha cabeça”: Nova York eu fui com a família, é o símbolo da urbanidade. O Rio não, já é uma mistura de vida urbana com praia, já fui com várias pessoas diferentes e sempre voltei suspirando de alegria. Itacaré, por fim, é roots total, praias mil, trilhas, reggae e forró.

Tudo que eu sei é que eu ainda quero conhecer muitos lugares, mas com certeza quero voltar para esses três. Muitas e muitas vezes.

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