terça-feira, 24 de abril de 2007

TURBILHÃO

Trabalho, faculdade, família, amigos...muitas ocupações, pouco tempo, zero postagens por estas bandas cibernéticas. Agora que me dei um tempo para escrever aqui as idéias fervilham na minha cabeça. Do que falar, se são tantos os assuntos que me fazem refletir, que geram dúvidas, que clamam por uma opinião? A imprensa cospe informações para cima da gente todos os dias, os acontecimentos se sucedem na nossa vida, muitas coisas para comentar.
Pensei em escrever sobre a vida adulta(sim,acredito que já estamos entrando por estes mares nunca dantes navegados!) e a quantidade de escolhas que ela traz consigo. Acredito que o problema central se chama PRIORIDADES. Por que é tão difícil decidir o que é mais relevante para nós? Dúvidas pequenas, referentes a momentos apenas, mas que parecem fazer toda a diferença em um futuro muito próximo. Dar prioridade para que matéria na faculdade? Começar lendo qual dos 1987 textos que tenho obrigação de saber? No dia de folga, ir no cinema com o namorado ou ir jantar com as amigas? Nas manhãs livres, ir para a academia cuidar da saúde(mente sã em corpo são...) ou aproveitar para estudar? Fazer horário dobrado para se destacar no trabalho ou aproveitar para ver a família? Pequenas questões, atucanação gigante. Mas decidi não me estender para não fazer deste blog um diário pessoal.
Aí deu vontade de falar de família e de tudo que ela representa. É triste, mas é uma verdade inquestionável que é nas horas ruins que percebemos a relevância de tudo em nossas vidas...e é agora, com o meu vô amado no hospital e vendo todos se esforçarem ao máximo para ajudar, apoiar e dar suporte que tudo se torna claro e que se percebe que é desta entidade chamada família que tiramos os nossos valores, que é ela que estará com a gente por toda a vida, sempre. Achei que podia ficar muito melodramático e decidi não entrar em pormenores.
Surgiu então a idéia de falar de um filme que eu vi esses tempos, admito que um pouco atrasada, e gostei muito: Pequena miss sunshine. Meigo, tocante, sincero, com um pouquinho do apelo hollywoodiano, mas não o suficiente para estragá-lo. Mostra que todos temos problemas, que o culto às aparências é a grande característica da nossa sociedade, mas que não é nada se comparada aos valores reais: família, amizade, auto-conhecimento, liberdade. Até identifiquei uma parte da postagem-poema do pato que fala justamente disto:"...Vamos, vendedores de valores! Se voltem para a vanguarda que vomita nas vistas de vocês. A verdade de vocês é vergonha, sem vergonhas...". Mas acabei me dando conta que minha época de estudante de cinema já passou, que estou enferrujada demais para escrever críticas e desisti.
Então passaram pela minha cabeça todos aqueles assuntos que eu gosto, e muitos que venho tendo contato diário: a filosofia e a capacidade que ela tem de tratar de assuntos atuais mesmo quando exercitada por pessoas que viveram alguns muitos séculos antes de nós; A política e esta sempre presente sensação de que tudo vai continuar a mesma m... misturada à vontade de mudar, de fazer a diferença; As dúvidas sempre presentes: "Por que estes assassinatos em massa só ocorrem nos Estados Unidos?O que faz com que uma parcela de seus jovens, em contigentes muito inferiores a qualquer outro país, saiam por aí matando qualquer um com pose de superstar?" ou "Porque o Caxias deixou o Grêmio fazer 4 no Olímpico?"...
Muita informação, pouca concentração. Não consegui me deter em detalhes, mas me sinto um tanto aliviada por despejar via web essa montanha de sensações que se insurgiam dentro de mim e que, na falta de uma digna noite cervejo-filosófica com a EQUIPE(outro tema que se debate em meu ser, mas que, por sua relevância, a ele dispensarei um texto inteiro) para debater, não tinham tido a chance de serem externados. Prometo ser mais assídua no blog, até para poupá-los de mais cartas-testamento como esta, e de utilizar este espaço para um tema só, economizando neurônios e a paciência dos que lêem. agradeço a paci~encia e agora já posso dizer que vou dormir tranquila.

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