quarta-feira, 27 de maio de 2009

Atualizações.

Um Ray- Ban aviador de haste dourada, mochilão de um mês pela Europa, morar por um tempo em Paris, passar dez dias em Nova York com as amigas, Rio de Janeiro de tempos em tempos, uma bicicleta boa, o blush da Helena Rubinstein que acabou e eu nunca mais achei, clareamento nos dentes, a caixa com os DVDs de todas as temporadas do Sex and the City. Se é para ser materialista, esses são meus diversificados sonhos de consumo para os próximos dias e anos.

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E seguindo na linha futilidade, tenho que comentar que eu ando com uma irritação sem tamanho pela Susana Vieira! Cada vez que eu passo por uma banca de revistas e vejo uma capa com ela dizendo “Eu sou naturalmente feliz”, ou mostrando ela com um corpo altamente alterado via Photo Shop, ou com o seu novo namorado e uma frase “eu me basto”, eu me pego fazendo uma careta de repúdio! Nada contra namorar gente mais nova, mostrar o corpo sendo mais velha, ou fazer o que der na telha, mas precisa ficar se auto-afirmando feliz o tempo todo em todos os veículos de comunicação existentes? Cansa. E o pior: só demonstra o contrário.

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E da futilidade para a utilidade (pelo menos eu acho útil): eu e meu irmão andamos numa pilha de ver uns filmes mais antigos, clássicos e tal. Pegamos a Revista Bravo que elegeu os cem melhores filmes do século e vamos selecionando aqueles que não vimos e nos interessam. E depois, estando naquela sessão da locadora, já vamos achando outros que interessam também, ou pegando por ser do mesmo diretor de algum que gostamos, roteirista, e por aí vai, em um efeito dominó que está fazendo eu ver um número absurdo de filmes por semana! E o melhor: todos são realmente incríveis! Alguns me agradam mais, outros menos, claro. Mas nenhum, definitivamente, deixa de me agradar. Nem todos são antigaços, década de 90, se não foi visto, já entra no rol. Mas tem também 80, 70, 60, 50. É bom que, depois de um estranhamento inicial de alguns minutos (pela imagem e som, se o filme for bem mais antigo), a gente simplesmente esquece que aquilo não é o padrão e se delicia com as histórias mais brilhantemente contadas! Tem para todos os gostos, e sendo a maioria deles quase uma unanimidade, é praticamente certo que se vai gostar. Muito menos arriscado do que pegar um blockbuster - lançamento qualquer... e na minha locadora ainda é metade do preço! Quer mais vantagens do que isso? Dos que a gente andou vendo eu gostei muito: Doze homens e uma sentença, O poderoso chefão I e II (visto, lido, revisto – o III não é tão bom), Pulp Fiction, Um estranho no ninho, Quero ser John Malkovich, Cães de aluguel, Taxi Driver. Vale, hein. Vale bem.

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Ah, também estou em um momento livros (o inverno chega, o corpo dá uma parada e a cabeça fervilha!), e tenho dois em especial para recomendar e comentar: As memórias do livro – daqueles que se devora - e Tetê a Tetê. Esse último, principalmente, me encantou, narrando a história da relação amorosa entre o Sartre e a Simone de Beauvoir. Relação única, diferente, impressionante. Com certeza ainda vou comentar detalhadamente este livro por aqui, mas por enquanto vou deixar uma frase da Simone que eu adoro só para deixar um gostinho:

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância’.

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