quinta-feira, 7 de maio de 2009

A ti.

Ele entrou na minha vida em 1999. Há exatamente DEZ anos.

Que eu me lembre, desde o início nós já ficamos amigos. É que não adianta, que opostos o quê: os iguais se atraem e lá no fundo a gente já devia saber que era tudo farinha do mesmo saco mesmo!!

Acontece que o que era só uma amizade foi se tornando algo muito maior, que eu nem bem sei explicar. Dizem até que a gente já ficou, fato que esse sem vergonha nem se deu ao trabalho de negar!!! Mas tudo bem, não foi para esses lados que a nossa amizade desandou mesmo... a coisa toda é muito mais bonita do que isso.

Meu irmão, companheiro, confidente. Parceiro master para todos os programas que eu mais adoro: tomar uma cervejinha, um vinho, conversar e filosofar enlouquecidamente, dançar em certas noites freneticamente, rir até chorar e doer a barriga, falar merda, jogar jogos (redundância??), comer, comer e comer (isso não é redundância, a gula é que é grande mesmo!), ir no cinema, fumar um cigarrinho, trocar idéias sobre livros, sobre o Zé, sobre o Alfredo (nossa, estou impressionada com a profundidade dos nossos papos!), compartilhar conselhos, ver seriados, fazer planos, sonhar em ir pra Nova York juntos algum dia. Uma das melhores conchinhas que existe é a dele, já acorda cantando... o único que já me cantou Ne Me Quitte Pás. E ao acordar. Que dia lindo aquele...

Dotado de uma personalidade única: completamente sociável, é amigo de todos os tipos de pessoas. Protetor quando o momento pede, se precisar dá uma bronca. Bronquinha, na real. Engraçado. Inteligente e super capaz, competentíssimo, vai crescer muito ainda, seja lá onde resolver se meter. Articulado, perspicaz, sensível.

A importância dele na minha vida é algo imensurável. Há um trecho de uma carta do Sartre para a Simone de Beauvoir que logo me lembrou a nossa relação, que eu poderia perfeitamente dizer para ele, se encaixa perfeitamente no que eu sinto (muito embora para mim seja sem a conotação amorosa/sexual que tinha originalmente para o Sartre):

“...meu amor, você não é ‘uma coisa em minha vida’ – nem mesmo a mais importante -, porque minha vida já não me pertence, porque (...) você é sempre eu”.

Não é lindo? E é mais ou menos por aí: eu já não consigo separar muito quem eu sou do meu grupo de amigos. Já não consigo imaginar como eu seria sem eles, pois eles já são definitivamente uma parte do que eu sou, fazem parte de mim. Não existiria essa Luiza sem eles. E ele é uma dessas pessoas, dessas que se confundem com o meu próprio “eu”.

Por isso hoje, no décimo aniversário que eu passo ao lado dele, só tenho a agradecer por ter essa pessoa única ao meu lado.

Te amo, meu bem.

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