sexta-feira, 29 de maio de 2009

SOBRE PLANOS, MANDATOS E CRACK.

Eu estou com saudade de ter planos. Assim, não sei explicar, mas eu ando com uma sensação de estar vivendo dia a dia só me deixando levar, sem ter um objetivo concreto para o futuro, sem estar perseguindo algo. Os únicos planos que eu sempre faço e obrigatoriamente tenho são as minhas próximas férias. Neste quesito pode saber que sempre tem alguma coisa na minha cabeça, uma viagem programada, um roteiro feito. Mas eu estou sentindo falta de uma coisa maior, em relação à minha vida mesmo, à carreira, ao futuro: carência de um objetivo claro.

Pode ser passar em um concurso, entrar em determinada empresa, pode ser até tirar só A na faculdade, decidir estudar MESMO. Contando que eu tenha um lugar a chegar e um caminho a percorrer, é isso que eu quero ter e que está me fazendo falta.

Fazer um curso de línguas (inglês ou francês), melhorar meu tempo na corrida, ir bem na faculdade, estabelecer um horário de estudo certo, pelo menos duas horas por dia três vezes por semana, decidir mais ou menos onde eu quero trabalhar e em que área. Enfim, planejar. Tá decidido: esse será meu novo passatempo.

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Essa insistência em falar em terceiro mandato do Lula é uma coisa que me irrita profundamente. A simples conversão desta idéia em projeto concreto, sujeito à votação na Câmara, já me parece uma profunda afronta à democracia, tão consolidada no nosso país. Porque nós podemos ter todos os problemas possíveis politicamente – e temos! – mas uma coisa de que podemos nos orgulhar é da nossa democracia. Então eu espero que continuemos assim, que os nossos parlamentares sigam inclusive a vontade do próprio presidente – que se diz rigorosamente contrário à tal emenda constitucional.

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Não adianta, no Rio Grande do Sul a RBS nos cerca. A grande maioria dos gaúchos – e eu me incluo nestes – assiste ao canal 12, ouve na AM a Gaúcha, na FM a Atlântida ou a Cidade, lê a Zero Hora ou o Diário Gaúcho. E já que é assim, que bom que eles decidem fazer essas campanhas institucionais e eleger um tema novo todo ano para conscientizar e alertar a população. Já teve contra violência doméstica, para a paz no trânsito e agora é sobre o Crack. Essa droga pesada, que parecia tão longe da nossa realidade, coisa de “mendigo e presidiário”, já está completamente disseminada, se tornou um problema de saúde pública, sem qualquer distinção entre os viciados: classe baixa, média e alta sofrem igualmente. Sejam os pais que sofrem com o vício do filho, sejam os atingidos indiretamente, através dos roubos e mortes provocados por quem precisa de dinheiro para comprar mais droga, sejam os próprios viciados. Quando eu soube que alguém muito querido e próximo a mim estava sofrendo com esse vício foi um choque e a consciência da minha impotência diante de tal problema uma agonia. Querer ajudar e não ter o que fazer é das piores sensações que eu conheço. Torço profundamente, todos os dias, para ele se recuperar e enquanto isso apóio muito iniciativas como a da RBS. Elas provavelmente não ajudarão muito a ele, ou àqueles que já estão nesse caminho (que devem procurar tratamento, terapia, etc), mas podem, através da informação, impedir que outras pessoas entrem nessa. Que assim seja!

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